Assim começou nossa saga em Mossoró. A primeira tarefa era encontrar o muro que receberia uma pintura em andruchakês retratando um fato importante desta cidade. Flávio, membro da equipe, sugeriu este (ver imagem abaixo). Pensamos que pertencia a um orgão público, mas logo descobrimos que pertencia a mãe do Sr. Alexandre, Dona Maria Luiza. Autorizados pelos proprietários a realizar a pintura, decidimos que começaríamos depois do almoço.
O trabalho teve início as 13h e o tempo não estava muito firme. Lá pelas 16h, começou a chover. O professor se apressou a cobrir o desenho riscado a carvão com a tinta preta, para não perder o desenho para a chuva. Esta estratégia fez ele descobrir que fazer o desenho utilizando o pincel agilizava o trabalho. A noite caiu e a chuva ainda insistia quando fizemos uma pausa para saborear um delicioso lanche preparado por Dona Maria Luiza. Sua família estava reunida e eram muito animados.
Parece mentira, mas estou vestida assim em Mossoró! A chuva passou e uma neblina fez companhia a equipe que entrou noite adentro pintando. A família de Dona Maria Luiza apreciou, colaborou e ajudou até tarde. Café, água, biscoitos,tinta,entre outros, foi providenciado para o trabalho não parar. O que mais me impressionou foi a temperatura da água da rua: 50ºC!!! Todo nosso material foi escaldado. Era inacreditável tal acontecimento. A explicação foi dada pelo filho de Dona Maria Luiza: estávamos próximo ao poço nº01 da Caern com profundidade tal que atingiu um lençol de águas quentes.
Quando o relógio já tinha passado das três da manhã o painel foi finalizado. O artista dá seus últimos retoques e se alegra com o que vê. Seu Alexandre acordou e veio ver a obra concluida. Ele fica maravilhado com o resultado, fruto de um "sim" que ele nos deu há algumas horas atrás. Disse-me que irá fazer uma reforma na calçada e colocar luzes para que todos possam admirar a obra.
Partimos de Mossoró deixando o registro vibrante de uma equipe que durante 14h tinha apenas uma meta: deixar a cidade mais bonita após a passagem do Projeto Arte Brasil do Artista-Professor Marcos Andruchak! Acho que conseguimos.
terça-feira, 28 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
A Arte Andruchakiana
O artista Marcos Andruchak está revolucionando a cidade, começando pelo campus da UFRN. Fala-se que as cores são vibrantes, mas a assinatura é muito grande! Fala-se. E porque será que tamanha criatura, de excelente trato, esta no centro das atenções neste momento? O que mais incomoda é o que ele faz ou quem ele é? Ou serão as duas coisas? Certo é que contra fatos não há verborragia que se sustente. Para os que ficam de blá blá blá e não produzem NADA sugiro: façam alguma coisa correndo para justificar sua teoria, mesmo que seja uma receita da Senhora Ana Maria Braga! E como eu vejo tudo isso:
O LOCAL
Sejam Locais públicos e/ou privados cabem no projeto de dialogar com as pessoas através da arte.
O TRAÇO
Picasso, Mondrian, Braque, Romero Brito, Adonias Filho...È parecido,lembra, mas não é igual. È comercial porque se vende e se compra; Acadêmico porque é um estilo embasado em estudos e pesquisas. O desenho estilizado se comunica com quem aprendeu a ver certinho. Na obra, sua verdadeira identidade.
O TEMA
O Tema é o começo para a arte de dizer com carvão e tinta! A mente que planeja o desenho converte a idéia em andruchakês! São signos do cotidiano da aldeia onde está inserida. São obras próximas da alegria e da felicidade que falam de coisas simples, onde eu me reconheço ou conheço de algum lugar. Fala de coisas que eu sei, fala a minha língua. O fazer é movido pelo desejo de ser compreendido com um acabamento impecável!
A PINTURA
As cores fortes parecem dançar com o artista e saltam dos muros nas vias públicas para contagiar as pessoas. Cor como sinônimo de vida capturada pelo olhar. Um bem pra alma.
Paulo Freire dizia que o ensino deveria conter elementos da aldeia do aluno para facilitar seu aprendizado. Mestre Andruchak contextualiza o ensinamento com o pincel.
O TAMANHO
O tamanho faz jus a um artista brasileiro que pinta grandes obras dando a dimensão exata do seu talento: tão grande quanto este país! Somos parte dessa obra que embeleza a cidade e sinaliza: arte da mais alta categoria!
A ASSINATURA
È preciso procurar para saber a quem de direito faremos o elogio.
O LOCAL
Sejam Locais públicos e/ou privados cabem no projeto de dialogar com as pessoas através da arte.
O TRAÇO
Picasso, Mondrian, Braque, Romero Brito, Adonias Filho...È parecido,lembra, mas não é igual. È comercial porque se vende e se compra; Acadêmico porque é um estilo embasado em estudos e pesquisas. O desenho estilizado se comunica com quem aprendeu a ver certinho. Na obra, sua verdadeira identidade.
O TEMA
O Tema é o começo para a arte de dizer com carvão e tinta! A mente que planeja o desenho converte a idéia em andruchakês! São signos do cotidiano da aldeia onde está inserida. São obras próximas da alegria e da felicidade que falam de coisas simples, onde eu me reconheço ou conheço de algum lugar. Fala de coisas que eu sei, fala a minha língua. O fazer é movido pelo desejo de ser compreendido com um acabamento impecável!
A PINTURA
As cores fortes parecem dançar com o artista e saltam dos muros nas vias públicas para contagiar as pessoas. Cor como sinônimo de vida capturada pelo olhar. Um bem pra alma.
Paulo Freire dizia que o ensino deveria conter elementos da aldeia do aluno para facilitar seu aprendizado. Mestre Andruchak contextualiza o ensinamento com o pincel.
O TAMANHO
O tamanho faz jus a um artista brasileiro que pinta grandes obras dando a dimensão exata do seu talento: tão grande quanto este país! Somos parte dessa obra que embeleza a cidade e sinaliza: arte da mais alta categoria!
A ASSINATURA
È preciso procurar para saber a quem de direito faremos o elogio.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Pintura Mural do CCHLA na Semana de Humanidades
Este mural foi pensado a partir de um convite do Diretor do Centro, Sr. Márcio Valença, como atividade durante a Semana de Humanidades. Os participantes previstos para a pintura furaram. fomos para o local com o material e muita disposição. A parede estava tão boa que seu verniz atrapalhou um pouco a pintura. O professor usou carvão bruto para o risco do desenho que ele havia preparado em função do tema deste ano.
Apareceram voluntários no primeiro e segundo dia do próprio Centro. Muitos que passavam faziam comentários ou nos cumprimentavam pela iniciativa. Conhecemos alunos do Curso de Comunicação, da Comunica e do IF_RN. Esses contatos prometem ser bons para o nosso futuro.
Nos dois dias de pintura, o trabalho foi até as 23 h. Só não foi mais rápido porque choveu ao final dos dois dias e manchou a pintura. Contudo, o resultado foi ótimo. O professor se superou de novo. É com orgulho que faço parte desta equipe.
Apareceram voluntários no primeiro e segundo dia do próprio Centro. Muitos que passavam faziam comentários ou nos cumprimentavam pela iniciativa. Conhecemos alunos do Curso de Comunicação, da Comunica e do IF_RN. Esses contatos prometem ser bons para o nosso futuro.
Nos dois dias de pintura, o trabalho foi até as 23 h. Só não foi mais rápido porque choveu ao final dos dois dias e manchou a pintura. Contudo, o resultado foi ótimo. O professor se superou de novo. É com orgulho que faço parte desta equipe.
domingo, 12 de julho de 2009
A escolha do muro é fundamental
Assim começa esta história. O Professor Andruchak bateu o olho neste muro e decidiu que iria transformá-lo. No começo, nem o dono acreditou na grandiosidade do projeto. Autorizou a pintura e não colaborou com nada. O muro estava com o reboco caindo e isto atrasou o andamento da pintura. O sol era bastante incisivo no local. Para conseguir água, fui até o Hotel Monza e falei com a recepcionista que, gentilmente,nos autorizou pegar na bica do jardim. Foram muitas viagens para suprir as nossas necessidades.
Para o lanche, fizemos uma cota e compramos água, refrigerante,gelo, pão e mortadela. Houve um grande rodízio de participantes. Este Painel Mural contou com a colaboração de muitos que iam se alternando. Uns chegando e outros indo. Conseguimos, a tarde, duas escadas com o dono do muro. Quando a noite chegou ficou difícil de pintar por causa do perigo e da iluminação. Os ônibus que passavam mais de uma vez, buzinavam nos cumprimentando.
Este painel mostra a versatilidade do artista em adequar as cores ao tema. Nos trabalhos anteriores observa-se a predominância de cores quentes. Neste, as cores frias são necessárias para retratar as coisas tristes. Isto faz com que as cores alegres se sobressaiam ainda mais.
Para os próximos trabalhos, aprendemos neste que quando a equipe for grande faz-se necessário uma coordenação das atividades para não haver desperdício de material ou muitas vasilhas com a mesma cor. Fazer menos e coordenar mais.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Pintura Mural do C A de Artes da UFRN
A sala do Centro Acadêmico de Artes da UFRN está mais bonita depois da passagem do Professor-Artista Marcos Andruchak. Sua generosidade esta explicitada na maravilhosa obra de arte, que cobre as paredes internas e externa da sala, realizada com a participação dos alunos do Departamento de Artes. O estilo geometricista apresenta figuras estilizadas representando os quatro cursos ministrados no Departamento. As cores quentes e vibrantes refletem a personalidade do artista que, em pouco tempo na cidade, vem deixando registros da sua arte por onde passa. O processo se inicia com uma decisão que o move a esboçar um desenho numa folha A4. O próximo passo é a passagem para a parede somente com a ajuda de um grafite bruto. Em seguida, o professor define a distribuição das cores nos seus respectivos lugares que serão pintadas pelos participantes. A pintura é chapada e a tinta é preparada com a supervisão do professor. Por último, ele fez o acabamento colocando as manchas e os contornos. Vê-lo executando esta tarefa foi extremamente gratificante para mim. Seus gestos rápidos e sua segurança dominam o pincel e a tinta com a qual ele faz o que quer. Sua paixão pela arte é vísivelmente percebida nas suas ações a ponto de não se dar conta do número de horas seguidas de trabalho. Neste dia, na finalização da obra, foram necessárias mais de 8 horas seguidas de trabalho. Quando a obra estava concluída, ao admirá-la, sua reação é a mesma de um menino que vibra com o que fez. Assim, ele encontra a felicidade no que faz.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Pintura Mural da Guarita da UFRN
Assim começou minha incursão na Arte Andruchakiana. Fiz minha inscrição para participar da pintura deste painel no cartaz afixado no corredor do Deart. Este informava o local, dia e hora que aconteceria a pintura. Antes de sair de casa, o professor me ligou perguntando se eu tinha espátula para usar no preparo da parede que estava com o reboco caindo em algumas partes. Levei uma de plástico. Ao chegar, encontrei toda a equipe e o professor já estava começando o desenho.
O local deste mural foi uma surpresa quando o vimos pessoalmente. Pensávamos que era mais baixo e que tinha quatro faces. Na realidade era alto e com 12 faces. O espanto foi geral porque as inscrições foram abertas para 6 participantes em função da imagem que tínhamos em nossa memória visual. Como havia muito a ser feito pensamos em convidar pessoas para o segundo dia. De Parnamirim veio um casal fantástico de artistas-alunos, Lendro e Cristiane Gomes, ambos do Curso de Artes Visuais.
A pintura começou por volta das 11h. Tínhamos que ser rápidos por causa do sol. Um fato que me chamou atenção foi a roupa do professor: uma blusa de manga comprida e uma boina preta. A roupa não combinava com o calor que era enorme. Ele, então, jogava água por cima da roupa para refrescar e ficar bonito na foto! Para se proteger do sol, ele passou um creme esbranquiçado que ele pensou ser protetor solar, mas na verdade era repelente. No fim do dia, ele estava bem vermelho.
As operações para o andamento da pintura eram improvisadas. Como conseguir água para limpeza do material e diluição das tintas? O professor fez contato com seu Antonio, um senhor que morava na primeira rua transversal, e cedeu muitos baldes de água nos dois dias de pintura. Uma outra casa nos emprestou uma vassoura. Um picolezeiro ficou horas conosco. Nós até compramos picolé de Caicó com ele. Muitas pessoas que passavam de carro gritaram elogios e até diminuiam para ver melhor o que estávamos fazendo. Chegamos a falar do projeto para alguns que passaram caminhando.A sensação era de que estávamos despertando a curiosidade das pessoas.
Ver a obra surgir passo a passo faz a gente esquecer o cansaço. A noite é muita boa para quem gosta de pintar murais públicos de grandes dimensões. Contudo, além de não ser muito seguro, a cor das lâmpadas alteram a tonalidade das tintas. Então, se a pintura adentrar a noite, as tintas que serão usadas devem estar prontas antes do sol se por. Cada mural é um aprendizado diante das suas especificidades. Encontrar soluções inteligentes para os obstáculos é um exercício fantástico para a mente.
As variantes deste projeto determinam as ações particularizadas para cada mural. Temos, por exemplo, mudanças constantes na localização, extensão, no suporte, na equipe e no desenho. As soluções práticas para que o trabalho flua são encontradas numa discussão com o professor que com grande competência nos orienta. O processo de ensino-aprendizagem ocorre da prática para a teoria.
A participação nesta atividades será válida como AACC - Atividade Acadêmica Científica e Cultural, que é uma obrigatoriedade nos novos cursos de graduação. Além disto, será emitido um comprovante de participação e os créditos serão feitos no blog. Apesar deste projeto ser do Departamento de Artes, ele está aberto para todos os alunos da UFRN e para a comunidade externa. As diferenças de área de conhecimento ou atuação enriquecem o processo e ampliam a visão prática da arte.
Assinar:
Postagens (Atom)